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Chuva intensifica em janeiro e em fevereiro

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Mapas
Anomalia da precipitação trimestral na Região Sul - Foto: Reprodução/Somar
Por SOMAR METEOROLOGIA

Temperatura da Superfície do Mar

La Niña entre fraco e moderado prossegue até o outono 2022. A temperatura do oceano Pacífico equatorial está abaixo do normal desde meados da primavera, indicando a presença de um La Niña. De acordo com a Noaa, a expectativa é de um fenômeno entre fraco e moderado e que prosseguirá até meados do outono de 2022 no Hemisfério Sul.

No Brasil, além do efeito do La Niña, há influência de um fenômeno de longo prazo chamado de Oscilação (Inter)Decadal do Pacífico ou ODP. A oscilação vem fazendo com que as regiões Sudeste e Centro-Oeste recebam chuva abaixo da média nos verões há pelo menos dez anos. E em 2022, isso não será diferente.

De acordo com a previsão da simulação ECMWF, o primeiro trimestre de 2022 será caracterizado por chuva abaixo da média histórica ao longo do vale do Rio São Francisco (Minas Gerais e Bahia), Triângulo Mineiro, Goiás e boa parte de Mato Grosso do Sul.

Por outro lado, apesar do La Niña, parte do primeiro trimestre de 2022 terá chuva acima da média em Santa Catarina e Paraná, além São Paulo. Vale a informação que a chuva acima da média não será frequente durante todo o trimestre, assim como a chuva abaixo da média não indica ausência de precipitação.

O efeito mais clássico do La Niña será visto no Rio Grande do Sul, com chuva abaixo da média, além de boa parte das regiões Norte e Nordeste, com precipitação acima da média histórica. Outro efeito do La Niña será a ausência de calor intenso e persistente na maior parte do Brasil. Apenas o interior do Rio Grande do Sul terá temperatura acima da média no primeiro trimestre de 2022.

Previsão geral da temperatura

A temperatura permanecerá acima da média em todo o Rio Grande do Sul, mesmo com o aumento da chuva em janeiro e fevereiro. A Fronteira Oeste e a Campanha terão os maiores desvios.

Previsão geral da precipitação

O RS terminou dezembro com chuva abaixo da média. Enquanto soja e milho sofrem com a estiagem, o arroz se desenvolve bem na maior parte das áreas produtoras do Estado. Em janeiro, a chuva intensificará com precipitação próxima da média semanal nos primeiros sete dias do mês.

A segunda semana de janeiro será mais ensolarada e quente, porém a segunda quinzena será mais nublada e chuvosa que o normal, situação que prosseguirá no primeiro decêndio de fevereiro. Fevereiro, aliás, será ainda mais úmido que janeiro com precipitação acima da média na Planície Costeira Externa e dentro da média nas demais áreas produtoras. Março e abril, no entanto, serão mais secos que o normal.

IRGA