Irga alerta para ocorrência de lagarta-rosca em lavoura de arroz irrigado
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Cachoeirinha – Segundo informações do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), nas últimas safras vem aumentando a incidência da lagarta-rosca (Agrotis ipsilon) em lavouras de arroz no Rio Grande do Sul. Isso tem preocupado os produtores pelos danos causados. As regiões mais afetadas são Fronteira Oeste e Depressão Central. Conforme o pesquisador dos insetos de arroz irrigado na Estação Experimental de Arroz (EEA), em Cachoeirinha, Jaime Vargas de Oliveira, a lagarta ocorre na lavoura depois que nasce o arroz e vai até a irrigação.
A mariposa adulta é de coloração marrom-escura, sendo que uma fêmea apresenta alta capacidade de postura, podendo colocar até mil ovos, sobre colmos e folhas. As lagartas de coloração escura, quando tocadas enrolam-se, parecendo uma rosca. A fase de lagarta apresenta um ciclo longo, de aproximadamente 30 dias. São de hábito noturno, mas durante o dia ficam abrigadas no solo onde fazem orifícios junto às plantas atacadas. “O produtor deve estar atento e realizar amostragens para determinar a incidência do inseto na lavoura. E qualquer sinal da lagarta deve procurar imediatamente um extensionista do Irga na região”, alerta Oliveira.
Também pesquisadora na mesma área, Thais Freitas, afirma ainda que se o produtor encontrar cinco lagartas por metro quadrado em uma lavoura pode ocorrer perdas. “Por isso, todos devem estar muito atentos”. Thais ressalta que os sinais de ataque são pelas plantas cortadas rente ao solo, e as partes aéreas do arroz atacado podem ser observados na entrada dos orifícios ou embaixo de torrões. De acordo com ela, a lagarta ao atacar a lavoura cortando a parte aérea pode causar perdas, pela redução no estande e atraso no desenvolvimento das plantas. “Grande parte do arroz cortado não se recupera”, finaliza.
Por Eduardo Pires
Crédito da foto: Jaime de Oliveira/Irga