Irga debate soluções à cadeia produtiva do arroz com produtores na Expofeira de Pelotas
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O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, falou a produtores e técnicos, na noite desta quarta-feira (8), na Casa da Amizade, em Pelotas. A atividade integrou o seminário Rotação de Culturas e Perspectivas para a Lavoura Arrozeira, debate promovido pelo Instituto, em conjunto com a Aeapel e Embrapa, durante a 88ª Expofeira de Pelotas. Participou da abertura, o secretário de Estado da Agricultura, Claudio Fioreze.
Pereira falou sobre a sustentabilidade da lavoura de arroz e os benefícios técnicos, agronômicos e econômicos, que a rotação com a cultura da soja trouxe ao produtor. Antes, dois produtores, Fernando Rechsteiner de Pelotas e Volnei Haetinger de Cachoeira do Sul, fizeram relatos de suas estratégias de gestão para incorporação da soja no sistema produtivo do arroz e a integração lavoura-pecuária em suas propriedades. A noite foi encerrada com jantar, que teve como prato uma paella campeira, preparada pela equipe de Gastronomia do Irga.
Através da Coordenadoria Regional da Zona Sul, o Instituto marcou forte presença no evento, com a promoção de vários debates, iniciados na segunda-feira (6) com o painel Integração Lavoura-Pecuária em terras baixas. O responsável pela Regional Zona Sul, André Oliveira, conta que todos os eventos tiveram a participação de 60 a 70 pessoas, entre produtores, técnicos e pesquisadores.
Na noite de segunda-feira (6), foram apresentados experimentos realizados por pesquisadores e técnicos no Estado, além de apresentados os indicadores agronômicos e econômicos de desempenho destes experimentos. Na noite de terça-feira (8), o debate foi durante o Simpósio do Arroz Irrigado, em que foram abordados a Evolução da Genética e produção de sementes no Estado.
Ainda na quarta-feira (8), à tarde, Irga, Aeapel, Fepam e Sindicato Rural de Pelotas promoveram o Seminário de gestão ambiental. Oliveira destacou a abordagem da doutorando da Furg, Fabiane Bergmann, sobre os impactos positivos que a lavoura de arroz proporciona à vida silvestre (aves e macrófitas aquáticas). Proporciona refúgio para descanso, reprodução a diversas espécies de aves principalmente as migratórias e também conectividade das áreas preservadas remanescentes, criando corredores ecológicos para anfíbios, insetos, aves e peixes. “Os canais de irrigação cumprem papel fundamental na preservação destas espécies”, diz.
Outro assunto relevante, foi tratado pela pesquisadora da Embrapa, Maria Laura Mattos, que falou sobre a certificação junto ao Mapa da Produção Integrada de Arroz (Pia), normas e condições do programa. “Estas normas além de proporcionarem educação ambiental visam a eficientização do processo produtivo”, diz. Segundo ele, o programa contribui com condições objetivas para o estabelecimento de relações bilaterais internacionais ao mercado do arroz brasileiro.”Desde 2002 se projetava a tendência de excedentes de produção e o crescimento das exportações aos mercados potenciais”.
O evento. A 88ª Expofeira de Pelotas é uma realização da Associação Rural de Pelotas (ARP) e ocorre até o dia 12 de outubro, no parque Ildefonso Simões Lopes. A organização do evento tem a expectativa de receber 35 mil visitantes distribuídos entre as mais de 120 atividades que serão realizadas durante os sete dias de duração, entre elas fóruns e debates sobre questões atuais do agronegócio, dois pavilhões destinados à agricultura familiar (com 35 expositores e realização de rodadas de negócios), artesanato rural, além de diversas outras atividades. Ainda segundo a organização, a Expofeira de Pelotas é a segunda maior exposição agropecuária do Rio Grande do Sul em número de animais e diversidade de raças.
Texto: Luciara Schneid
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