Reunião aborda logística do Porto de Rio Grande
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Rio Grande - O Coordenador Técnico da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, César Marques Pereira e o Assessor Especial da Presidência do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Carlos Ramão Lima, se reuniram, na quinta-feira (24), no Porto de Rio Grande, com o Diretor Superintendente, Dirceu Silva Lopes e o Chefe de Gabinete Gustavo Garima, para tratar de temas do Alinhamento Estratégico “Desenvolvimento da Logística Portuária” e “Taxas Portuárias” com objetivo de verificar os problemas encontrados no embarque do arroz gaúcho para exportação.
Segundo o Diretor Superintendente, a atual situação é reflexo das opções erradas adotadas no decorrer dos anos priorizando o transporte rodoviário. Mesmo assim, o Porto de Rio Grande foi o responsável por 95% das exportações gaúchas neste ano de 2011. Somente a ampliação do transporte hidroviário e ferroviário tem a possibilidade de uma melhor logística capaz de ampliar e diminuir os custos do embarque do arroz.
Dirceu Lopes quer trabalhar para que sejam resolvidos os gargalos que encarecem e atrasam o embarque do grão. Lopes sugere que seja realizada uma discussão transversal entre os diversos órgãos dos Governos Estadual e Federal. O objetivo é diagnosticar os problemas ocorridos na exportação recorde da safra 2010/2011 que chegou a 1,4 milhões de toneladas de arroz, além de discutir as soluções para minimizar os entraves.
Já estão liberados pelo Governo Federal 240 milhões de reais para dragagem e sinalização de alguns corredores hidroviários do Estado para escoar o arroz das Regiões da Depressão Central, Zona Sul, Planície Costeira Interna e Externa. O objetivo também é ampliar o transporte da produção da Fronteira Oeste e Campanha através de ferrovias.
O Porto está em fase experimental para o embarque de 30 mil toneladas de arroz ensacado. “O objetivo é termos na safra de 2012/2013 o uso do shiploader para dar maior agilidade ao processo com possibilidades de alcançar 1,5 milhões de toneladas”, afirmou o Diretor Superintendente.
Outra opção, que tem sido usada para grãos de maior valor agregado, é a utilização de contêineres no transporte lacustre e fluvial. Esta é a tendência principalmente para atingir o mercado Europeu.
As iniciativas para amenizar os altos custos do transporte envolvem ainda soluções para o frete de retorno (logística reversa), deficiência nos pontos de transbordo, logística dos portos secos e o aperfeiçoamento na integração dos diferentes modais.