Devido à pandemia provocada pelo Covid-19 (novo coronavírus), a Somar Meteorologia tem promovido lives especialmente para o Instituto Rio Grandense do Arroz. Na manhã desta terça-feira (9), ocorreu a segunda transmissão ao vivo voltada à equipe técnica da autarquia. O meteorologista Celso Oliveira destacou que as previsões mudaram um pouco em relação à última live, ocorrida no dia 6 do mês passado. Os modelos agora estão mostrando um cenário com melhores volumes e frequência nas precipitações para o inverno de 2020.

O Oceano Pacífico está resfriando e as projeções para julho, agosto e setembro são de manutenção das águas mais frias. Segundo Oliveira, a questão se teremos ou não La Niña ainda é indefinida, pois as águas subsuperficiais não estão tão abrangentes para manter o resfriamento que ocorre em superfície. Se não houver La Niña, continuaremos na fase Neutra, com viés negativo/frio das águas no Pacífico.

As projeções do modelo Europeu ECMWF (European Centre for Medium-Range Weather Forecasts) indicam chuvas acima da média em junho, com acumulados variando de 100 a 150 milímetros, podendo chegar entre 150 e 200 mm em algumas áreas. Para julho e agosto, o modelo ECMWF indica precipitações um pouco abaixo da média na Metade Sul do RS, com valores acumulados de no máximo 100 mm em cada um dos meses.

Conforme se avança no tempo, o índice de acerto das previsões diminui, mas o que se observa é uma diminuição nos volumes de precipitação em agosto e setembro, o que é, de certa forma, comum de acontecer no Estado. Já para outubro, o modelo indica a volta das chuvas mais frequentes e volumosas, sendo que a Metade Sul do RS poderá ter anomalias de precipitação entre o normal e acima do normal. Os volumes acumulados de chuva podem ficar entre 150 e 200 mm.

Para novembro, como é comum, as chuvas migram para a região Centro-Oeste do Brasil. Com isso, diminuem aqui no Rio Grande do Sul. Os volumes acumulados deverão ficar em 100 mm, informa a Somar.

De forma geral, segundo Oliveira, o que predominará é a sazonalidade. Ou seja, períodos mais chuvosos serão intercalados por períodos mais secos e, ao que indica a previsão no momento, o próximo verão não deverá ser totalmente seco e a primavera poderá ter momentos de chuvas mais intensas.

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