Para dar continuidade a campanha de aumento do consumo do arroz, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) acompanhou as últimas pesquisas divulgadas sobre a importância da inserção do cereal na alimentação. Publicadas na revista Nutrition Today, as pesquisas salientam que uma porção diária reduz o risco de obesidade, pressão arterial e síndrome metabólica.

A dieta de mais de 25 mil crianças e adultos foi analisada entre 1999 e 2004 pelos pesquisadores do National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), a mais precisa dos padrões de alimentação dos americanos. Para a nutricionista do Irga, Lilian Berwanger Deon, o estudo fornece boas informações e tem uma análise amostral significativa.

O resultado da NHANES mostra que pessoas que costumam comer o arroz e têm o cereal diariamente em suas dietas possuem maiores quantidades de nutrientes essenciais para um bom funcionamento do organismo. A dieta também é mais coerente com as recomendações dadas por nutricionistas, pois apresenta menos gordura corporal com o consumo de grãos, legumes e frutas.

Os principais nutrientes fornecidos pela inserção do arroz na alimentação são o ácido fólico e vitaminas, como o complexo B, potássio, fibras e vitamina A. Lilian levanta os dados da Organização Mundial da Saúde de que, em 2004, 17 milhões de pessoas morreram em decorrência de doenças cardiovasculares. A expectativa para 2030 é de que esse número aumente para 23 milhões.

No Brasil, o IBGE observou que entre 2002 e 2008 houve um aumento de 18% no número de mortes por doenças cardiovasculares. Agora, com esse estudo, pode-se indicar o arroz, alimento de fácil combinação, para prevenir doenças relacionadas ao coração e o diabetes. Os pesquisados também tinham 34% menos chances de ter pressão arterial alta e 27% menos probabilidade de aumento da circunferência abdominal.

Gilberto Amato, engenheiro químico do Irga, avalia que essa pesquisa complementa o evento realizado no mês de outubro Arroz porque faz bem. “A Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) divulgou que o consumo de arroz por pessoa no ano é de 14,6 quilogramas, mas o Brasil consome 8 milhões de toneladas, o que, na verdade, daria uma média de 40 quilogramas. Essa diferença acontece porque uma parte significativa da população realiza as refeições fora de casa, baixando o número real do consumo”, afirma Amato.

Embora não tenha sido divulgado o tipo de arroz consumido pelos participantes da pesquisa, o arroz integral e o parboilizado apresentam mais nutrientes que o arroz branco. Na hora de escolher os alimentos que estarão presentes na sua refeição, pense bem, pois o arroz é um componente essencial para reduzir doenças, como a obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.