O setor de meteorologia do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) analisa desde o sábado (07),  a formação de um Ciclone Subtropical e que pode se transformar em tropical e deixa o Estado em alerta. Segundo o meteorologista Glauco Freitas, este sistema se difere dos ciclones Extratropicais que costumam passar mensalmente pelo Sul do Brasil.

“Nos próximos boletins estaremos explicando melhor a diferença entre eles, mas ambos provocam ventos de60 a120 km/h, na costa, chuva intensa e agitação marítima. A diferença é de onde vem a energia que gera a sua força”, ressalta. Ele salienta que o subtropical ganha força das águas quentes do mar acima de 26,5ºC e o extratropical, dos contrastes de temperatura entre duas massas de ar, ou seja, uma quente e outra fria. A imagem mostra uma das mais prováveis trajetórias do subtropical e suas datas de localização.  

Por que o alerta se o seu centro estará em alto mar?

Algumas análises feitas por modelos matemáticos indicam que ele irá se deslocar rente à costa gaúcha e catarinense, com seu centro em alto-mar. Mas sua extremidade pode encostar-se na costa gerando ventos intensos e com volumes altos de chuva de forma bem localizada. Este ciclone deve permanecer por aproximadamente três dias, e provocar volumes altos de chuva entre 100 mm e 200 mm de forma irregular e passageira em parte da faixa Leste. O sol chega a aparecer, mas certos momentos a nebulosidade aumenta e chove.  No restante do Estado entre o Centro e o Oeste, o sol predomina, faz calor e com poucas condições de chuva e ventos mais fracos.