Conab divulga o 1º Levantamento de Intenção de plantio para a próxima safra de arroz
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A produção nacional de arroz deve ficar em torno de 12 milhões de toneladas
Situação geral – As previsões para a lavoura de arroz da safra 2010/11, cuja semeadura já teve início, conduz a um aumento de área e de produtividade, quando comparadas com a safra 2009/10. Três fatores levam a estas previsões: o fato dos açudes e barragens estarem com seus reservatórios completos em praticamente todas as regiões que produzem arroz irrigado; o uso de variedades com alto potencial produtivo e a previsão de chuvas escassas o que favorece a cultura do arroz irrigado. Quanto ao arroz de sequeiro, que representa 21,6% da produção nacional de arroz, tem sua semeadura realizada mais tarde que o arroz irrigado, principalmente nas regiões Centro Oeste, Norte e Nordeste. Este tipo de cultura tem reduzido consideravelmente sua área nas últimas safras pela concorrência com a soja e o próprio milho, já que a preferência do seu cultivo era em abertura de novas áreas. Outro fator que provoca a redução é a diferença de remuneração quando comparada com a soja. Esta situação de prós e contras não impedirá que ocorra um crescimento significativo na produção nacional, que espera recuperar as perdas causadas pela estiagem na região Nordeste e pelo excesso de chuvas no Rio Grande do Sul. Cada vez mais os produtores estão aderindo a novas técnicas de cultivo e o uso de variedades compatíveis com o tipo de solo que dispõe e as condições climáticas características de cada região produtora.
Área cultivada - A previsão de cultivo com arroz na safra 2010/11, deve ficar entre 2.736,3 e 2.777,2 mil hectares, superior 7,5% em relação à área cultivada na safra 2009/10, que foi de 2.764,8 mil hectares.
Incrementos/reduções – As previsões iniciais são da manutenção da área cultivada com arroz, quando se considera todo país. Podem ocorrer pequenas reduções no Mato Grosso e Minas Gerais, mantendo a tendência verificada nas safras anteriores. O Rio Grande do Sul deve semear em torno de 1.115 mil hectares, recuperando 3% da área que ficou sem cultivo na safra passada, devido às chuvas intempestivas que ocorreram em pleno período de semeadura. Nos demais estados produtores, está previsto pelo menos a manutenção da área cultivada na safra passada, com pequenos aumentos pontuais que no montante da produção são pouco significativos.
Sistema de cultivo – O cultivo do arroz irrigado na sua grande maioria, adota o sistema de Plantio Direto, Cultivo Mínimo e Plantio Pré-Germinado. O Plantio Convencional está sendo pouco usado e justifica-se apenas quando as condições climáticas não permitem o preparo antecipado do solo, como aconteceu no Rio Grande do Sul, na safra passada, obrigando os produtores a usar o Plantio Convencional em 30% da área.
Clima – A variável climática, até o momento, é bastante favorável à cultura do arroz, principalmente para a lavoura irrigada. As boas chuvas ocorridas completaram a capacidade dos mananciais e os corpos de água fluem normalmente. A previsão de o fenômeno
Produtividade – A produtividade média nacional esperada para esta safra, deve ficar em torno de 4.412 kg/ha, 8,3% maior que a alcançada na safra 2010/11, que foi de 4.073 kg/ha. O aumento se deve principalmente às previsões de clima adequado à cultura nesta safra, aliada ao uso de alta tecnologia no arroz irrigado.
Produção – A produção nacional de arroz deve ficar próximo de 12.000 mil toneladas na safra 2010/11, tendo um incremento ao redor de 740 mil toneladas. (8%) em relação à safra 2009/10, que foi de 11.260,3 mil toneladas.
Estágio da cultura – A lavoura de arroz está na fase inicial de semeadura, na região Centro Sul e nos demais Estados, o cultivo ainda não começou.
Qualidade do produto colhido – Cada vez mais os produtores procuram por variedades que produzem arroz longo fino de ótima qualidade, para atender as exigências do mercado. Alguns produtores estão optando por variedades de alta produtividade e com menor qualidade, preferindo ter um maior volume de produto na mão para comercializar, uma vez que a diferença de preço é recompensada pela maior produtividade.
Mercado – Os preços praticados no mercado, depois de acentuada elevação, estão apresentando pequena queda . As variações são regionais por influência da logística. No Rio Grande do Sul, o preço da saca com 50kg é de R$ 26,53 e no Mato Grosso o preço praticado pela saca de
Fonte: Conab