Consultor do Irga, Cláudio Mundstock, recebe prêmio durante Expointer
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Porto Alegre - Durante a 34ª Expointer, o Jornal do Comércio, em parceria com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), fará a entrega do prêmio O Futuro da Terra. A homenagem, realizada há 15 anos consecutivos, distingue os pesquisadores que dedicaram suas carreiras ao crescimento do setor primário, estudando temas relacionados ao agronegócio e à preservação do meio ambiente. Neste ano, a solenidade acontecerá no dia 29 de agosto, às 19h, no auditório da Federação da Agricultura do Estado (Farsul) no Parque Assis Brasil, em Esteio.
De acordo com o diretor-presidente da Fapergs, Rodrigo Costa Mattos, ao longo de sua história, a homenagem realizada em parceria com o JC contribuiu para valorizar as ciências agropecuárias gaúchas. “O Futuro da Terra é uma forma de reconhecimento à importância da pesquisa para o desenvolvimento do País e do Estado”, afirma.
A escolha e a indicação dos premiados são feitas através do comitê da área de Ciências Agrárias da Fapergs, cujos membros procuram escolher pessoas que voltaram sua vida profissional ao desenvolvimento da pesquisa agropecuária. “Não premiamos trabalhos únicos, que tenham resultados imediatos, mas sim destacamos o conjunto de uma obra relevante para o setor primário”, afirma o presidente da fundação.
Mattos também destaca a importância da ciência rural para o desenvolvimento do País. De acordo com o diretor, o Brasil produz 4% da produção científica agrária do mundo. “Se estamos entre os maiores exportadores de alimentos do mundo, isso se deve em muito às pesquisas agrárias, entre as quais aquelas que homenageamos todos os anos com o Futuro da Terra”, destaca.
Nesta edição, a premiação terá oito homenageados, divididos em quatro categorias e um Prêmio Especial. O destaque vai para o pesquisador Aino Victor Avila Jacques. Professor aposentado da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), onde também se formou em 1963, Jacques atuou na área de Agrostologia e Pastagens. Destacou-se nacionalmente por seus estudos sobre fisiologia e manejo de forrageiras, ecologia, manejo e melhoramento de pastagens naturais, efeitos da queima de pastagens naturais sobre o solo e vegetação.
Na categoria Cadeias de Produção Agrícola serão três os premiados. O primeiro é Cláudio Mundstock, pesquisador do Instituto Rio-grandense do Arroz (Irga) e professor aposentado da Faculdade de Agronomia da Ufrgs, que contribuiu para formação de inúmeros engenheiros agrônomos e estudantes de pós-graduação na área de fisiologia e manejo de plantas de lavoura, com ênfase nas culturas do milho, trigo, cevada, aveia e girassol. Os resultados obtidos por suas pesquisas foram muito importantes para o desenvolvimento da agricultura gaúcha, tendo sido incorporados nas recomendações técnicas das culturas com que trabalhou.
O segundo homenageado será Maria Irene Baggio, pesquisadora aposentada da Embrapa Trigo, e ex-professora da Ufrgs e Universidade de Passo Fundo (UPF). Além de ter sido a primeira a estudar citogeneticamente gramíneas forrageiras nativas, contribuiu muito para o melhoramento genético de cereais, especialmente o trigo, tendo sido a pioneira no Estado na introdução da técnica de obtenção de haploides a partir de cultura de anteras. Também receberá a distinção na mesma categoria Carlos Antônio Mondino Silva, professor titular da Clínica de Reprodução Equina da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que atua em consultoria e supervisão em Ginecologia e Andrologia, além da área de criação de cavalos puro-sangue de corrida desde 1983.
No quesito Tecnologia Rural, o agraciado será o professor Odir Dellagostin, da Universidade Federal de Pelotas (UFPEL). O pesquisador, que atua no Centro de Biotecnologia da universidade, trabalha com desenvolvimento e avaliação de vacinas.
Em Novas Alternativas Agrícolas serão homenageados dois pesquisadores. A primeira é Rosa Lia Barbieri, da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas. Entre suas linhas de pesquisa, destacam-se as de conservação, caracterização e uso de recursos genéticos vegetais, incluindo espécies hortícolas, frutíferas e medicinais, e a de etnobotânica, cujo objetivo é realizar o resgate de conhecimento associado ao uso de plantas medicinais, alimentares e ornamentais do Bioma Pampa.
O outro premiado é Antônio Costa de Oliveira, professor titular de Agronomia da UFPEL, com ênfase em Melhoramento Vegetal. Costa atua principalmente nos temas de ciência genômica aplicada a cereais, caracteres quantitativos, melhoramento e variabilidade.
Na categoria Preservação Ambiental, será destacado o trabalho de Jorge Ernesto de Araújo Mariath, diretor do Instituto de Biociências e professor titular de Botânica da Ufrgs. O pesquisador tem experiência na área de Morfologia Vegetal, com ênfase em Anatomia e Embriologia Vegetal.
Fonte: Jornal do Comércio