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Irga promove painel sobre valorização do arroz em Pelotas

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O painel promovido pelo Irga marcou o terceiro dia de Expoarroz - Foto: Sara Kirchhof/ Irga

O dado da FAO de que o consumo do arroz diminuiu 17% nos últimos 20 anos vem mobilizando entidades ligadas ao setor orizícola para reverter este cenário, entre elas, o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). A autarquia vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) promoveu um painel sobre a valorização do produto durante a Expoarroz 2017, nesta quinta-feira (11).

O assunto foi levado ao público no auditório principal do evento pelo diretor comercial, Tiago Sarmento Barata, que apresentou dados sobre o mercado arrozeiro e abordou as mudanças nos hábitos de consumo. De acordo com a explanação, hoje, 54% da população brasileira é considerada acima do peso. O dado alarmante se deve, principalmente, à substituição de alimentos in natura por alimentos processados. Já em países ocidentais, onde o arroz é extremamente valorizado e o consumo de fast-food é menos freqüente, a obesidade não atinge o status de problema de saúde pública, como acontece no Brasil.

O painel contou com a participação do público

De acordo com o estudo, baseado em dados oficiais, hoje, um terço dos gastos das famílias se dá com alimentação fora de casa, onde são consumidos alimentos pouco, ou nada saudáveis. Por estes motivos, a divisão comercial do Irga criou, em 2015, o Programa de Valorização do Arroz. O Provarroz visa incentivar o consumo deste cereal conscientizando a população sobre os seus benefícios nutricionais para a saúde. O diretor do Irga fez um balanço dos primeiros dois anos de trabalho do programa que leva conhecimento a escolas, universidades, hospitais e restaurantes de todo o Estado. “Buscamos estar mais próximos da sociedade médica para termos respaldo técnico e científico capacitando formadores de opinião da área da saúde. Hoje esses profissionais não se formam sem ter ao menos uma aula sobre os benefícios do consumo do arroz da saúde. Esses profissionais estão buscando retroceder alguns hábitos alimentares considerados saudáveis e que estão se perdendo”, esclareceu o diretor. “Mudar um hábito alimentar exige um trabalho intenso, diário e de persistência”, concluiu.

O Provarroz foi uma iniciativa do Departamento Comercial do Irga

O chefe de cozinha, Márcio Ávila, que trabalha com gastronomia há 20 anos e que foi um dos convidados do Irga para o debate, valoriza a utilização do arroz nos pratos elaborados, onde o cereal aparece como o principal ingrediente, ou como guarnição. “O arroz é um produto com uma infinidade de preparos. Poucos alimentos podem ser tão bem aproveitados. Pode ser um bolinho de arroz para ser servido como uma entrada, ou serve como um belo acompanhamento para molhos finos, suaves e espessos, acompanha muito bem também frutos do mar, carne vermelha, vegetais... O arroz tem um percentual significativo na hora de compor um prato e ainda é de altíssima qualidade”, enfatizou Ávila.

Para Luiza Estima, jornalista e colunista de publicações de gastronomia, o arroz pode e deve seguir o exemplo de outros produtos nacionais, como o vinho e o café brasileiro que, após terem mais investimento em qualidade passando a ter a identidade valorizada, atingiram um status premium, sendo reconhecidos mundialmente pela sua qualidade. “Eu vejo o arroz como um alimento no prato de todos, vejo como um produto brasileiro, que é admirado, uma commoditie com grande apelo que precisa encontrar nichos”, declarou a jornalista que vive em São Paulo há 30 anos.

A jornalista abordou cases de outros produtos brasileiros

Stela Nesello, da Agência Incomum de Pelotas, conta que, para tentar entender melhor a relação do consumidor com o arroz, a agência propôs um roteiro passando por diversas regiões do país e conversando com este público. “Percebemos que no Rio Grande do Sul o volume de arroz nas gôndolas é gigante e as pessoas compram pacotes de 5kg. Em Recife, percebemos que a a quantidade na prateleira começou a diminuir  e as pessoas compram pacotes de 1kg . Já em São Paulo, fomos a grandes redes e ‘cadê o arroz?’ A quantidade era muito menor, mas ainda havia itens variados. Foi desafiador entender que o brasileiro gosta muito de arroz, mas cada um tem seu jeito de consumir”, constatou Stela. “Podemos olhar para a cadeia orizícola com orgulho e dizer que nós (RS) alimentamos o Brasil com arroz”, finalizou

O diretor do Irga ainda destacou que, apesar de ser o maior produtor de arroz do país, o Rio Grande do Sul é o menor consumidor. Para o coordenador da 5ª Expoarroz, Fernando Estima, que foi moderador do painel, o consumidor precisa olhar com outro olhar. “A sociedade ainda não entendeu tão bem quanto deveria sobre a qualidade do nosso produto”, resumiu.

O Irga encerrou sua participação na 5ª Expoarroz com um delicioso arroz campeiro servido para o público do evento. 

Texto: Sara Kirchhof

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