Óleo de arroz: o bolso e o coração agradecem!
Publicação:
Gilberto Wageck Amato, Eng. Quim., M.Sc.
Mário Sérgio Azeredo, Eng. Agr., M.Sc
(IRGA – Centro de Excelência do Arroz)
Afora todos os atributos nutricionais que o notabiliza e diferencia dos demais óleos vegetais, tem-se a considerar outro aspecto, o econômico. Em trabalho desenvolvido pela UNIFRA (ver www.irga.rs.gov.br, Artigos, ”Fritura de Batatas” ) é estudada a absorção de óleo em fritura. Basta comparar preços nos supermercados e concluir: o bolso e o coração agradecem!
Suplementando o citado trabalho, foram levantados preços praticados no mercado (Porto Alegre, 27/12/2006), dos diversos óleos em embalagem PET de 900mL, resumidos a seguir.
Óleo |
Absorção% |
Absorção Relativa (*) |
Preço Médio (R$) |
Preço Relativo (**) |
Arroz |
32,8 |
1 |
2,52 |
2,52 |
Milho |
49,47 |
1,51 |
3,89 |
5,87 |
Girassol |
48,71 |
1,49 |
3,37 |
5,02 |
Canola |
45,45 |
1,39 |
3,97 |
6,71 |
Algodão |
42,55 |
1,29 |
ND |
ND |
Soja |
41,23 |
1,26 |
2,39 |
3 |
(*) ABSORÇÃO RELATIVA = absorção de cada óleo em relação ao arroz
(**) PREÇO RELATIVO = preço de cada óleo em relação ao arroz, considerando o consumo na fritura
ND = não disponível
Como pode ser visto, o óleo de arroz é o mais barato para a fritura. Considerando-se a média dos demais, o gasto em R$ com óleo de arroz representa menos da metade (2,52¸5,15). A fritura com o óleo mais barato (soja) termina sendo 19% mais cara do que com o de arroz.
Sob o ponto de vista da economia nacional, o potencial de 278 milhões de litros remetem a uma maior atenção, preferencialmente no caminho da alimentação, em detrimento à rota não-alimentar dos biocombustíveis. Afinal, a combustão mais produtiva, à altura do nobríssimo óleo, é no “motor” corpo humano.