Com o objetivo de responder a pergunta acima, foi criado pelo Instituto Rio Grandense do Arroz o projeto “Uso e manejo da água salina para o arroz irrigado em solos do entorno da Laguna dos Patos RS”. Nesta semana, o Laboratório de Solos e Água da autarquia está liberando os primeiros resultados das análises de solo que permitirão calcular a quantidade de água salina que poderá ser usada na irrigação da lavoura sem prejudicar o desenvolvimento e a produtividade do arroz.

As amostras de solos foram coletadas pelos extensionistas do Irga que atuam nos Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) dos municípios de Turuçu, Camaquã, Tapes, Arambaré, Pelotas, São Lourenço do Sul, Rio Grande, Palmares do Sul e Mostardas. Produtores desses municípios e de outros no entorno da Laguna dos Patos, principalmente em anos de estiagem prolongadas, enfrentam o problema de salinidade da água, o que pode ser prejudicial para a cultura do arroz.

Até a última safra (2020/2021), o Irga realizava o monitoramento apenas da água de irrigação. Mas a partir da safra 2021/2022 o monitoramento passa a ser feito também no solo. Com uso contínuo da água de irrigação salinizada ocorre acúmulo de sódio no solo, prejudicando o estabelecimento e a produtividade do arroz semeado nessas lavouras.

A partir da determinação dos teores de sódio do solo e da condutividade elétrica do solo, o que está sendo feito pelo Laboratório de Solos e Água do Irga, e da água de irrigação, a ser efetuada pelos extensionistas do instituto no momento da irrigação, poderá ser calculada a quantidade de água salinizada que ainda pode ser adicionada na lavoura sem prejuízos ao arroz.

Os produtores que tiverem esse problema podem procurar os extensionistas da autarquia em seu município, para solicitar as coletas de amostras de solo conforme os protocolos estabelecidos no Projeto. Além disto, o produtor pode ter acesso a mais informações sobre esse tema na Circular Técnica Nº 10: Manejo de água salina no arroz irrigado, basta clicar aqui.