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Sílica da casca de arroz garante resistência e durabilidade na construção civil

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             A utilização de derivados do arroz em diferentes setores econômicos do mundo deve causar um efeito positivo em toda a cadeia produtiva no futuro. Estudos de cientistas renomados indicam que é possível aproveitar o grão em pães, bolos, massas e até mesmo na construção civil, através da sílica da casca de arroz. A tecnologia, porém, é pouco difundida.

            Uma das grandes patologias da engenharia é a corrosão de armaduras, popularmente conhecida como ferrugem nas estruturas dos prédios. Com custo de reparo elevado e incidência de 50% em algumas regiões brasileiras, os engenheiros Fernanda da Silva e Jefferson Liborio da Universidade de São Paulo elaboraram um estudo para aumentar a durabilidade das estruturas de concreto armado.

            A novidade está no fato de que eles organizaram o trabalho utilizando a sílica da casca de arroz, juntamente com sílico metálico. Esses materiais, mais finos que o cimento e de alta pozolanicidade, preenchem os vazios criados pela água, reduzindo a permeabilidade do material. Além de trazer resistência e durabilidade, o uso do derivado de arroz colabora na questão ecológica, já que a sílica do cereal não tinha aproveitamento prático até então, retornando ao meio-ambiente de maneira inadequada.

Conforme o pesquisador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) Gilberto Amato, no Estado são geradas cerca de 300 mil toneladas de sílica através da casca do produto. O arroz contém cerca de 22% de casca. Após a combustão restam 22,6% de cinzas altamente concentradas em sílica (95,8%). A aplicação ainda é de pouca relevância, considerada suas potencialidades, que vão desde simples aterros até a produção de silício de grau eletrônico, matéria-prima para o chip do computador.

Destacam-se os usos nas indústrias de cimentos, cerâmica e de vidros. Na agricultura, a principal utilização das cinzas é na aeração de solos, já que seu conteúdo em macro e micronutrientes é pouco significativo.

 

            As informações são da Assessoria de Comunicação do Irga.

 

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